Usina de Letras
Usina de Letras
131 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62231 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50629)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4768)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140805)

Redação (3306)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->"Um Gole & Meio" -- 22/03/2003 - 17:09 (KaKá Ueno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"Um Gole & Meio"
KaKá Ueno...23 03 03.

Todos os dias lá está,
o santo na parede,
e um ramo de arruda...
Porque será?
Nas prateleiras,
uma fileira, e à pasmaceira,
a desgraça da família inteira!

Desce uma,
e mais uma,
e agora a saidera!
Até virar a noite inteira.

À água passa pelos pés,
e o bar mam com a cara feia.
O sujeito que não se toca,
e vai ficando a noite inteira.

Até ser jogado prá fora,
na forra,
e sem paciência...
O dono se enche e vai embora...

Agora o sol já raia...
E ele lá,
jogado na calçada...
Um cão qualquer,
um vira-lata,
deita e o faz companhia...
O bafo do bebum?

Noticias de sua vida inteira,
uma choradeira.
e os segredos da família?
Ficam lá,
entre a bagaceira.

A mulher que nunca frequentou,
todos sabem da sua intimidade,
da sua vida inteira...
Cachaça e rabo de galo,
enfiado pelo gargalo.

E o fiel consumidor,
Deixa tudo que ganhou...
Seu Joaquim, seu Manoel,
todos barrigudinho,
em cada esquina agradecem.

A mesada do filho,
da mulher que economizou...
E no bar tudo ele deixou!
Tropeçando nas pernas,
nunca erra o caminho de casa!

Ao abrir a porta o tempo fecha!
O barraco está armado...
E dá inicio ao primeiro ato:
A confusão está criada...
A mulher que ficou feia e velha...
Nunca como ele deixou!

Os filhos que parece ter mudado de cara...
Encolheram e fazem a maior algazarra...
Quando a ressaca passa, bem sabido,
nenhum estava em casa.
E a senhora que pensava em dormir?
Logo acorda para ser à platéia...
O publico e a coadjuvante.

Chegou o tenor das madrugadas...
O tenista, e o arremessador...
De pratos e copos,
e o que mais tiver.

Fecha-se o cenário e ele cai deitado...
No dia seguinte, sem mais ninguém,
o desbundado e descarado...
Sequê lembra do que fez...
Conveniente,
não lembra quem bate,
só quem apanhou.

Mau caráter e covardia são doenças?
Se for...
Porque um alcoólatra nunca enfrenta outro homem?
Quase sempre é a mulher,
ou, o filho menor...
que apanha e leva a culpa,
de tudo que acontece?


KaKá Ueno...23 03 03.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui