Resumo pra lembrar (XLIII)
Por aqui, vou resumir:
o fato de não se lembrar
pra onde você quer ir,
de números pra ligar,
não significa problemas
com seus tipos de memória,
podem ser outros esquemas
de vida pouco simplória.
Pra gravar dor, ou prazer,
a memória é batuta;
se não se sente sofrer,
nem prazer quando se luta,
predomina o lembrar
das coisas de curto prazo,
do pouco interessar
do mal aluno, no caso.
Nada há pra condenar
de quem gosta de reter
fora o que quer lembrar,
quando nisso se deter;
mas, tudo de mais faz mal;
dependência de memória,
quando é da maquinal,
pode mudar sua glória;
debaixo da sua pele,
máquina vai operar;
o progresso, que excele,
vai guardar e mostrar.
A nanotecnologia
vai miniaturizar
tristeza e alegria,
e num robot implantar.
Drumond vai voltar à praia,
no mesmo banco ficar,
e moça de mini-saia
com seu robot vai falar.
A memória natural
com suas experiências
lhe fez "fulano de tal",
com boas e más vivências;
ela sempre se renova,
deixa tudo celebrar,
como se fosse alcova
guarda e põe a lembrar,
querendo que você vá
muito além desse lugar.
Pra você meu saravá,
pois estou a encerrar.
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