O amor e o ódio parecem duas paralelas,
que caminham conosco no mundo afora,
são as duas mais estranhas sentinelas,
numa briga permanente, hora após hora...
Pesquisamos as infinitas razões, mas elas
dizem não restar qualquer tempo agora,
a noite já desce e nós não temos velas,
o desejo insensato em lágrima hoje chora.
Ambos andam juntas semeando grãos,
que nascem e crescem no coração,
mas procuram manter forças equilibradas.
Daí ter sempre mais do que gostaria,
o amor não teria mais do que podia,
enquanto o ódio tudo quer, ficou sem nada.
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