Desde muito pequeno
Via meu pai fumando,
Como trabalhava/vivia junto
Nele fui me espelhando;
Também tudo o que era bom
Ele ia me explicando.
O nome dêle era JORGE
Não sai da minha mente,
Um dos poucos conselhos
Que não segui,infelizmente,
Foi pra nunca eu fumar
Fumo é pior que uma serpente.
Tentei várias vezes parar
Mas... eu não conseguia,
Constituí minha família
E todo mundo me pedia,
No ano de 98, mais 10% de nicotina
A indústria no fumo enfia!
... E disso eu não sabia
Então, dupla dependência,
Química e física juntinhas
Criavam tamanha resistência
Em vez de parar, fumava mais
Seria então, minha sucumbência!
Em junho de noventa e nove
Meu Pai/Amigo faleceu,
Foram meses de tristeza
Vendo o tanto que sofreu
Mesmo sofrendo junto
O cigarro ainda me venceu.
Fui ao médico certo dia
E levei na brincadeira,
Ele me mandou afastar do fumo
Logo comprei uma piteira;
Mas, dia 10 de junho de 2002
Não fumei mais,uma segunda-feira!
Desde êsse bendito dia,
Até hoje tô sem o danado
E vou ficar eternamente,
Comigo mesmo ficou acertado
Minha Família toda feliz
E eu agora, todo perfumado!
Eu tenho um conhecido
Fumar cigarro ele não quer,
Mas, a esposa fuma cachimbo
Comprido igual uma colher,
Ele fala:"Fumar cigarro não acostumo,
Mas todo dia,fumo no cachimbo da mulher!"
Goltara- 06/09/2006- 15,12 h
* Por coincidência, o mesmo tema do Caro Amigo Silva Filho. Mudei um pouco, quando vi o Cordel dele já publicado. Obrigado!