Livro de Bolso
lílian maial
O tempo que passou, passaste-o bem,
correndo pelo tempo a versejar,
e os versos que versejas pra ninguém,
o tempo há de (a seu tempo) recitar.
Amores nunca ficam tão aquém,
são livros, ensinando-nos a amar.
Se amaste tanto assim, quero também,
ler tudo o que souberes lecionar.
Das horas em que espero-te ao relento,
sentindo o teu perfume contra o vento,
de estrela e de esperança entendo além.
Sou triste e melancólica poeta,
que, um dia, imaginou a porta aberta,
e a vinda desse amor, que nunca vem.
*************
|