Tantas vezes te vejo passar,valsar.Como as ondas do mar, como um vôo solitário no infinito do céu no fim da tarde.E te vendo me dá uma sede na boca, que não compreendo o ìmpeto e assintosa fica a minha necessidade de desejo...a minha necessidade de um beijo...que eu sinta a alma sucetivel, que eu sinta o coração mais forte bater, que me acalme o frio da carne.
Essas suas curvas...
Essa sua pele maviosamente enegrecida, dádiva da natureza,essa sua beleza, muitas vezes invejada, pela graça das rosas e pela masculinidade deste poeta.Que tenta, tenta e ainda não conseguiu, se quer, além da admiração dos seus olhos,formar uma luz, cujo foco vislumbre as minhas qualidades.
Tantas vezes te vejo passar, e caminhas na minha direção, caregando contigo sem saber a minha ilusão de um dia poder o teu amor cativar.
Embora o teu sorriso amigo festeje a minha chegada, não obstante, sei que ainda não há uma reciprocidade aguda de sentimentos.Sentimentos que ouse falar além da alma, que ouse sair do sonho oculto, para repousar na realidade absoluta.
Me perdoe se hoje ocupo esse espaço e insolente a você me disponho a dedicar o meu entusiasmo.Não que seja de todo atrevido, tão pouco me ouse julgar pela impertinencia.É que esse sentimento não para de me sufocar.E antes que me dê conta, tarde demais, até por que é você quem almejo, não vou perder passos, ou deixar que outros me representem.Haja vista, quanda a noite se aproxima,é toda minha a saudade, quem me salta os olhos, feito em lágrimas.Pois a dor do querer não deve ser sufocada, mas sim correspondida.
Eis a quem, então vergo as minhas preces e juras de amor. |
