O Dia Em Que Quase Contratei Um Garoto De Programa
Meu nome é Luciana do Rocio , tenho 29 anos , e , vou contar para vocês sobre o dia em quase contratei um garoto de programa .
Em setembro de 1993 , eu tinha 19 anos e trabalhava numa escola primária como professora .
Ocorreu , que teve um evento na escola , em que todas as professoras deveriam levar os namorados , ou , os maridos .
Como nunca tive características femininas marcantes e nunca fui atraente ,sempre tive dificuldade com os homens . Então , vi que seria difícil arranjar companhia masculina para aquela festa .
Porém , tentei arranjar uma saída . Pensei em levar um dos meus primos , mas todos eles tinham menos de 13 anos . A vizinhança jovem era praticamente toda feminina . E o curso que eu fazia , também era praticamente composto de mulheres .
Assim , matutei ... matutei ... matutei ...
Até que pensei :
- Por que não contratar um garoto de programa , só para me acompanhar na festa ?
Então , peguei o jornal e dei uma olhada nos classificados de prostituição .
Tinha cada anúncio engraçado . Eis , alguns deles :
Primeiro anúncio :
" Ricardo - 21 anos , musculoso , loiro , ativo e passivo . Faço despedida de solteira . Telefone : XXXX ".
Segundo anúncio :
"Rodrigo - 24 anos , moreno , lutador de judô , atendo casais em local discreto .Telefone : XXX. "
Terceiro anúncio :
" Fabiano - 19 anos , universitário , vindo do interior , com muito carinho para dar . Telefone : XXXX .
Quarto anúncio :
"Maurício , 25 anos , moreno , olhos verdes , curso universitário completo , sensível , compreensivo e um bom acompanhante para qualquer lugar .
Telefone : XXX- XXXX ".
Este último anúncio me chamou a atenção . Pois , era um anúncio diferente dos outros . Parecia que o garoto demonstrava ter sensibilidade e que não era apenas mais um produto a venda .
Recortei o anúncio e coloquei na bolsa .
Então , passei a noite em claro . Pois , minha consciência pesou pelo simples fato de estar pensando em contratar um garoto de programa . Uma hora eu me sentia vulgar , mas outra hora parecia que esta atitude era um ato de obrigação social , pois , eu não poderia aparecer na festa , sem uma companhia masculina .
Faltando , um dia para a festa , resolvi telefonar através de telefone público , para este Maurício .
O telefone chamou três vezes , até que uma voz masculina atendeu :
- Agência de Modelos Félix , boa - tarde !
Então , eu respondi :
- Boa - tarde ! Por favor , o Maurício se encontra ?
Assim , o atendente , me disse :
- Só um momento , irei chama - lo ...
Então , num ato covarde , eu desliguei o telefone . Pois , as minhas mãos começaram a tremer , e , a minha consciência já estava muito pesada .
Assim , decidi que iria para a festa sozinha .
Até que chegou o dia da festa ...
Lá , todas as minhas colegas estavam acompanhadas dos namorados e dos maridos . Me senti mal , deslocada e tive vontade de chorar .
Uma tristeza tomou conta de mim , mas permaneci quieta com toda a classe .
Ao chegar em minha casa chorei bastante e antes de dormir me deitei na cama e pensei :
- Como seria aquele garoto de programa chamado Maurício ?
- Seria bonito ?
- Seria gentil ?
- Seria atrevido ?
Naquela , noite não consegui dormir , pois só pensei num nome : Maurício !
E , para vocês , como seria este garoto de programa chamado Maurício ?
Luciana do Rocio Mallon .
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