Usina de Letras
Usina de Letras
163 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62187 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50587)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->VERSO ARREVERSADO -- 04/09/2006 - 12:42 (José Virgolino de Alencar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Não faço poesia, não faço epopéia,
Muito menos, prosopopéia;
Faço verso e alguma rima,
Depois de feito, olho o efeito,
Tiro o defeito, passando a lima;
Caminhando em sua trilha,
Meio acanhado, meio sem jeito,
Meu verso brilha.
Que maravilha!

Não há, no meu verso, “erosdição”,
Mas não é recatado, é sem-vergonha,
Gosta de ser livre, diz palavrão,
Fere o ouvido da erudição,
É, para o sensível, coisa medonha.
E vai em frente, ousadamente,
Quem se lhe opor atrevidamente,
Meu verso desafia, tenho dito.
Que bonito!

Meu verso não é modernista,
Cubista e não é Dadá,
É deveras quadrado, não gagá,
Está mais para o cordelista,
Sonho do simplório artista,
Artista do versinho popular.
Meu verso conforma-se na bitola
Onde a palavra livre deita e rola,
Já que ele não pode ser Quintana.
Que sacana!

Não exijam do meu verso
Que alcance o cósmico universo,
Deixem ele quieto a meditar,
Curtindo a doce liberdade,
Cantando a dor e a saudade,
O amor que foi e não mais virá.
Se a rima não é conta matemática
E pouco se lixa pra gramática,
Por que proibir do verso essa viagem?
Que bobagem!



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui