Resumo pra lembrar (XXXV)
Especialistas juram
que as memórias humanas
todos os dados furam,
como tábuas de baianas.
Informação confiável,
conferível, consistente,
também, confidenciável,
depende do ambiente,
de uma fonte sarada,
cheia de motivação,
com mente analisada,
que não a produz em vão.
Mas se as funções mnemônicas
não estão bem conservadas,
por mais que arquitetônicas,
são pouco requisitadas.
Mesmo estando normais,
nem sempre nos predispomos
a guardar coisas banais,
ou matérias em dois tomos.
Situações importantes,
próprias pra demonstrações
volumosas e maçantes,
demandam outras ações;
necessário bem será
usar de recursos mais,
alguém recomendará
cucas artificiais.
Cuca artificial
é memória que abriga
tudo extra-cerebral,
sem derrame, nem intriga.
Pode ser uma agenda,
um palm-top, ou um CD
de dados, que numa venda
você poderá obter;
um PC bem mais guarda,
memória de celular,
qualquer coisa já resguarda
o que vamos informar.
Outro modo de guardar
e recuperar os fatos,
de cérebro preservar,
são os andaimes abstratos;
em verdade, são listagens
de coisas a preparar,
seja durante viagens,
ou pra quem vai hospedar.
A camareira confere
o frigobar todo dia,
repõe o que se refere
ao gasto da freguesia.
Pessoas organizadas
produzem mais e melhor,
estão sempre preparadas,
ficam sabendo de cor
tudo que devem rever,
conferir, ou repetir,
pra memória se manter
e que possam decidir.
No caos, nas confusões,
o cérebro se defende,
organiza as ações
em tudo que empreende;
acaba organizado —
é processo natural —
mais isso é demorado,
vai pelo contextual.
Por isso, vale a pena
você assumir postura,
pra ficar melhor na cena,
se fizer a escritura
dos processos repetitivos
e daqueles rituais,
que não são intempestivos,
são muito habituais.
Assim, você alivia
a memória natural,
na sua lista confia,
e fecha qualquer total.
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