Neste lúrido parque te espero
Sentado numa rocha fria
Vejo o horizonte, tua presença quero
Vem sentar-se comigo na gélida pedra na invernia
Pois és tão quente e bela que ao frio digo lero-lero.
Vem ao meu encontro, meu amor
Não me deixes esperando pois morro de saudades
Como é bom a sensação deste interior fulgor.
Com esperança te procuro no horizonte, é verdade.
Fosse eu o avião e serias nuvens de calor.
Muito mais tenho a dizer-te
Uma vida toda custa para ver-te
Sorrindo (ao meu lado): como teu nome adverte.
Te quero feliz junto a minha sede
Por paixões impossíveis, angelicais e solertes
Cheia de atos heróicos, já que és a donzela do alto da torre inerte.
Por favor, ouça minha declaração
Sou o arauto, tu o pergaminho.
Cruzemos os sete mares da paixão,
Peço-te com carinho
Nessa noite-primavera no meu coração
Pois senão, caminharei sozinho
Esperando a tua confirmação.
Não tenho pressa, podes pensar.;
Só não me deixes assim, desolado,
Pois na vida perseguimos o amar e felistar
E sem eles ‘stou incompleto, inamado.
Compreendas a situação de pesar
Por não ser o teu príncipe encantado.
Entretanto servir-te posso me esforçar,
Ser um amante Amado
Como Jorge ou outros tantos e de ti em poemas falar .
Amo-te, amada dama do céu e terra.;
Tu és a luz, eu a lanterna.;
Tu és o mel, eu a colmeia.;
Tu és o mundo, eu o nada.
Tu és bem fundo o meu amor!
Escrever-te quero o meu sentimento
Pôr no papel tudo aquilo que te desejo.
Amor, felicidade, compreensão e acalento.
Também cerca de ti estar almejo.
Poder ver cada dia de mi’a vida teu sorriso calmilento.
Apenas isso que te peço, sê a flor de meu desejo!
Fazemo um belo par
É o que dizem por aí.
Não que acredite em fada
Mas prefiro no conto dela cair.
Pois és o canyon em frente ao mar,
Tão belo de olhar, e perigoso d’atravessar.
Por isso tenho medo,
Pulei o limite de nossa amizade.
Mas é preciso abalar-te cedo
Que para mim é tarde, na verdade.
Pois esperei quinze anos para te encontrar ledo
No caminho doirado da saudade.
Admiro-te o rosto e corpo.;
E a alma em principal,
Da-me um papel e verás belas palavras em um sopro,
O de solitude vertical.
Se não tenho teu amor, sou morto.;
Da-mo e me renasça ao final.
E por fim viveremos ledos e em conforto.
Por Arthur C. P. de Andrade.
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