Onde se escondera a flor
Dos meus dias idos,
Da minha infância muda, e
Esquecida, aonde?
Quem a viu?
N’algum jardim secreto, pois,
Nunca a tive, nem sei
Se quer se houvera.
Mergulhado em mar de lascívia,
Busco em vão pescar
Ua ilusão perdida:
O teu rosto feito alucinado,
De há tanto a flor desejada,
Que inda vive morta, e
Escondida
Em jardins secretos
Desta existência fátua
Etérea e sombria.
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