Encontro
Seiva lisa de verde alvo
Do broto depois do corte
Sêmea dourado do trigo
Em voejo, a pequena morte.
Das mãos em concha, o orvalho
Em sublime silêncio, o sonho
Da boca entreaberta, o belo
No instante do tempo, o encontro.
Nos vergeis de doce aroma
O verbo corre no tempo
Se em têmpera a carne era
Hoje, suave espera
No tempo próprio, o encontro.
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