Resumo pra lembrar (XXXI)
Mesmo atento estando,
quem observa Gol ou Corsa
a toda hora passando,
mesmo quando ele força
a memória, pra guardar,
esta vai os repelir;
pois o que iria gravar,
ela não quer repetir.
O que a gente conhece,
a memória não mais grava;
o muito aborrece
a quem pouco alinhava.
O fato é que a gente
quando grava um evento
que é novo, totalmente,
sofre um experimento:
os estímulos plurais
vêm das informações,
várias regiões cerebrais
sofrem modificações;
tais estímulos alteram
para sempre, ou por prazo,
estruturas que esmeram
a forma de cada caso.
O padrão ficou gravado
na memória de permeio,
ou de tempo prolongado,
conforme grau de anseio.
Por existirem padrões
de Gols, Corsas e Corcéis,
todas as informações
sobre carros, a granéis,
sofrem "habituação";
então, vê-los novamente
não será provocação
que, suficientemente,
alterará os padrões
das tais conexões neurais,
não criará confusões,
serão bastante normais.
Por isso, os três rodantes
não serão muito notados;
em sendo comuns passantes,
serão pouco cogitados.
Dentre carros às centenas,
de bustier, o Meriva,
roubando todas as cenas,
não deixou alternativa:
no observador deixou
uma forte impressão;
sua memória gravou
a cena com precisão;
o Meriva provocou
estímulo cerebral
forte, que então gerou
um traço especial
na memória duradoura,
contendo até horário
em que passou com a loura
naquele itinerário.
Pro resumo, resumindo:
pintou uma novidade,
pro cérebro vão tinindo,
com grande intensidade,
estímulos muito possantes,
que estruturas alteram;
as informações passantes
na cuca seus traços geram.
Os estímulos dependem
do sistema, que escolhe
os que melhor lhe atendem;
é com eles que recolhe
informações de valor;
os cinco sentidos usa
para captar o que for,
sem fazer qualquer escusa.
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