Como foi fácil dizer que chovia, no abrir da boca a palavra saia sem necessidade de reflexão no som que se fazia. Os olhos admiravam, abertos a cair, a água que o chão tocava e meus ouvidos trabalhavam na melodia incessante de pingos desmedidos.
Precisa e silenciosamente os movimentos eram decifrados sem que fosse preciso mudar na rotina de pensamentos a velocidade e a cor cinza das palavras não sentidas.
Surpresa minha que palavras, coloridas ou não, fossem tão despercebidas pela chuva , que caindo ia embora, em mim, a pureza imensa a compreender-se-ia finalmente, tão logo meu corpo todo trabalhava sentindo e pronunciando cada palavra que antes fora renegada
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