Quando vi em teus olhos os traços lâconicos da tristeza e senti nas mãos toda aquela frieza...não consegui ficar em mim.
Segui as tuas lágrimas até o limite do sofrimento.
Sofrimento que palmo a palmo foi tirando-a dos meus momentos.E a loucura que parecia intervir...os gritos em lamentos, o desespero, o desespero.Enfim calaram na sacada.Parece que ao ver o firmamento sob a dor, naquela imensidão escura te desligou.
Você parou!
Parou...
Sua boca começou a deformar,
Sua carne a gelar e você alí pálida, pálida a desfalecer,como a se despedir, como a me deixar.
Helena!Helena...olhei em seus olhos vidrados,e vi a flor em seu tom esgotado.
De repente me vi no meio do nada.Só eu e você,a orar na sorte, entre as velas acesas e um monólogo de meus verbos, que pressagiavam, pressagiavam, me agoniavam até que, calmamente veio a sua morte.
Meu amor! Minha razão!
Por favor!E a gota da água, se foi num pranto, que derramei.
Não havia pulso,
Não havia sangue...Era sim chegada a sua hora.
Me ocorreu no peito e na cabeça um descompasso.
Um amargo na garganta, enquanto a boca seca procurava no absurdo uma palavra, que definisse o rumo, que me colocasse na estrada.Mas o silêncio, a escuridão e aquela grande aflição me deixaram sem saber da saída ou do começo.Pois alí...morria também o meu coração. |