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Humor-->Sem Controle -- 28/02/2003 - 17:07 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Descontrolado
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Perdera o Controle. Dava para ver e ouvir. Gritava e gesticulava com sua esposa. Sua cara era de raiva. Raiva passageira. Desapontamento, desgosto, enfim, raiva. A esposa, por seu turno, parecia não entender muito bem o que estava ocorrendo. Ou, numa outra leitura de sua fisionomia, dava a entender que a raiva estava acima do necessário. Que o bicho não era tão feio como o marido pintava.

Mas ele estava inconformado. Dava para perceber. Tinha cara de quem não acreditava no que estava (ou teria) acontecido. Expressão de quem estaria indagando o porquê daquilo acontecer justo com ele? Justo naquela hora?

Sempre fora impaciente. Mas não gostava de pessoas que faziam as coisas correndo. Com pressa. Pois acreditava que esse comportamento acabaria por forçar algum erro. Ensejaria algum descaso, indiferença, sei lá. Tanto que médico, para ele, tinha que ser paciente. Não acreditava nos médicos que nem se dignavam a olhar no seu rosto. Que, rapidamente, diagnosticavam e passavam a receita. Que terminavam a consulta com um bom dia seco e um “passar bem, obrigado”, ainda de cabeça baixa. Uns intolerantes, assim pensava sobre os médicos.

Nesse instante, o marido deixa a mulher falando sozinha, e se dirige para o quarto de sua filha. Ligou a TV da moça, e sentou-se para assistir o jornal. Que, por sinal, já estava no último bloco de notícias.

Foi então que a mulher percebeu tudo. E começou a chorar. O marido não achou o controle de sua televisão. E perdera o controle.

Domingos Oliveira Medeiros
28 de fevereiro de 2003


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