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Poesias-->Às vezes chovo -- 18/07/2004 - 15:18 (Sirlei ) |
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Às vezes chovo
Gosto do tempo assim, às vezes chove.
E quando em surdo momento, da chuva resta apenas sua presença lisa, também minha alma se cala.
Em suspenso fica todo absurdo do mundo, e nesse átimo posso tocar o silêncio.
O silêncio não é o vazio das coisas.
Tampouco é a ausência de sons
O silêncio é força pura que decide o que devemos ou podemos ouvir.
E nesse tempo, quando minha alma encontra um equivalente seu, posso tocá-la. Aproximo-me de todo absurdo do mundo: meus olhos são meus ouvidos
Meus ouvidos, minha boca
Minha boca, meus desejos e meus desejos são meus dedos, que, lentamente, desenham as coisas do jeito que sinto e vejo.
Tudo é subjetivo, dizem.
Eu, particularmente não digo nada, escrevo.
No mais, gosto desse tempo que me põe assim. Às vezes chovo.
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