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Cordel-->MINHA POÉTICA É ASSIM - I E II -- 26/08/2006 - 12:32 (José Virgolino de Alencar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MINHA POÉTICA É ASSIM - I


Minha poética é assim,
Eu entendo, o povo entende,
Minha poética pretende
Ter começo, meio e fim;
O verso que sai de mim
Pesquei naquilo que disse
O pensador e fiz remix,
Repito o que é bem-dito,
Bem-dito e melhor escrito,
Não falem que é mesmice.

Minha poética tem começo,
E tem recheio no meio,
Não há porque ter receio
De cometer um tropeço,
Por ser claro o endereço
Quando a idéia tem um fim;
Cantar a flor ou o jardim,
A graça da mulher amada,
A lágrima que foi jorrada,
Quando choro, pois choro, sim.

Poesia feito concreto
Não, não faz minha cabeça,
Não acho que ouvir mereça
Esse estranho alfabeto
De pensamento incompleto
Que não transmite vibração,
No verso onde o sim é “não”
E o “não” não diz o que é,
É sem cabeça e sem pé,
Deixa a mente em erupção.

Minha poética não é
Um amontoado de letras,
Rimo estas com retretas
Na lira que é boa arte;
Mas o “moderno’ diz: “destarte,
Não há mar sal sem areia”,
No verso enrolado como teia
Que só cuca louca traduz;
“Há luar fosco cadente luz”,
Recita-se ante a lua cheia.


MINHA POÉTICA É ASSIM – II

Não é difícil se juntar
Letras sem nexo na gramática,
Há até desafio à matemática,
Fazendo dois mais dois cinco somar;
Isso é apenas querer brincar
E suprir sem humor a ausência
Do saber que a língua é uma ciência,
Que o estilo não é abate da sintaxe,
Nem sempre carro de praça é táxi,
Infame trocadilho, tenha paciência!

Repito que repito o que falou Platão,
Repito que repito o que falou Virgílio,
Repito que repito quem falou de idílio,
No verso que canta amor e emoção,
No canto que vai direto ao coração,
Sonantes palavras que tocam no peito
Roendo as dores de um amor sem jeito,
Daquele que é um travo de amargura,
Da paixão em que só restou desventura,
Do sonho irrealizado, sem piedade desfeito.

O novo não é novo na poesia,
A poesia repetirá tudo de novo,
Cantando aquilo que agrada ao povo;
E daí? Se ela nos alegra o dia-a-dia,
Se nela o romance é primazia,
Como primavera que repete ano a ano,
Todo dia alguém chora o desengano
De uma relação incompreendida,
Do vazio que ficou na despedida,
Fim do drama, cala o palco, desce o pano.

De sentimento em sentimento iludido,
De tormenta em tormenta enfrentada,
O homem segue firme na estrada
Em busca do destino, ou não, perdido,
Do caminho pela fortuna oferecido;
Mas o homem teima em procurar amor,
Tudo faz para se livrar da dor,
Se não consegue, chora a desilusão,
Chora mágoas, derrama-se em emoção,
Assim é a vida, assim a fez o Criador.
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