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Discursos-->10. O CAMINHO DA JUSTIÇA -- 11/06/2002 - 06:15 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

No limiar de uma nova era, encontra-se a humanidade prenhe de males e dores. No entanto, clama por luz, sem saber discernir com precisão que caminho perlustrar para atingir os desígnios da Divindade. Ora, nós estamos enviando mensagens de amor, de esperança, de caridade, de justiça, há muitos e muitos anos. Isso significa que os homens não desejam realmente a redenção. Têm pretensões de grandeza moral, é verdade, mas para usufruir em vida carnal. Quem não souber exatamente aspirar pela verdade, não poderá reconhecê-la e pairará na dúvida para sempre.

A justiça divina se dá com grande precisão: é imutável, é certa, é eficaz, não falha nunca. A justiça dos homens é grandemente falha: é mutável, é incerta, é ineficiente, erra freqüentemente. Como podem os homens julgar a justiça de Deus?! Ademais, é preciso reconhecer nos homens aspirações materiais, que obscurecem o seu discernimento dos bens espirituais.

O homem não busca solucionar definitivamente os seus problemas existenciais, mas ora pela solução parcial deles, para conforto moral de poucas horas.

A justiça divina é eterna. Ao elevar espírito de luz aos páramos do Bem Eterno, ou ao lançar execrando farrapo humano em monturo, o exercício da justiça de Deus é pleno de amor.

A atenuação da dor, que aos homens parece a felicidade da compreensão e da doação, causa mais males do que a própria execução do crime primitivo. Ao se exacerbar o orgulho da superação pelo mal, os homens provocam feridas de difícil e demorada cura.

Não desejem fugir ao castigo. Antes, procurem purgar os pecados no sofrimento. Assim é que é. Quem quiser encontrar o caminho da salvação mais depressa, quanto antes deve dedicar-se aos estudos e à prática evangélica. Não há outra luz, não há outro caminho. Assim como para matar a fome só existe o alimento, pois ninguém, sendo são, irá alimentar-se de fezes ou de pedras, do mesmo modo aquele que tem fome de luz não desvairará nas trevas, mas intentará iluminar sua vida com os fachos poderosos emanados dos ensinamentos do Cristo.

Homens, o caminho da crença é o caminho da justiça. Quem crer será justo. E é pela justiça que os homens encontrarão a igualdade social, pois o justo sabe reconhecer o pleno direito de cada um e propiciará equilíbrio de bens e riquezas, o que determinará a paz final. Sem justiça, os crimes crescem e a humanidade sofre.

Existem os que, através de recursos baixos, buscam tirar dos outros o que acreditam que lhes trará a felicidade, na tentativa de sustentar padrão de vida cheio, na verdade, de frustrações e desesperanças. Ainda agora estamos presenciando inúmeros crimes perpetrados em nome da justiça social. Esses crimes envolvem muitos inocentes, pátrias inteiras.

Ninguém nasce rico ou herda fortunas no campo espiritual. Cada um tem de aprender por si a trilhar a estrada do bem. Um camelo, pela agulha, ou um rico, no Céu? Esse é o ensinamento profundo do Cristo. A riqueza material é produto de série de injustiças, pois é desequilíbrio social profundo. O trabalho de muitos gera a riqueza de poucos. Nos países em que a justiça social se dá em proporção mais aceitável, essa justiça foi conseguida através de muito esforço e trabalho, mas os homens não estavam interessados na justiça em nome de Deus. No entanto, atualmente, nesses países, é mais fácil despertá-los para o trabalho espiritual, pois forjaram seu caráter na crença da possibilidade da justiça.

A fé na justiça de Deus se inicia pela fé na justiça dos homens. E essa justiça advém do caráter justo de cada um. Por isso, insistimos nas reformas pessoais. É necessário que cada homem, cada mulher, cada criança sejam despertados para a vida sadia iluminada pelo evangelho. Quem estiver disposto a ajudar, que leia os livros sagrados, que promova círculos de estudos, de debates, que examine o procedimento próprio e dos outros, no sentido de avaliar o seu mérito quanto ao nível de justiça que apresente. Essa iniciativa receberá o amparo dos amigos da espiritualidade e, aos poucos, irá despertando para o procedimento justo, honesto, moral. Esses julgamentos resultarão em comportamento ajustado aos ensinamentos evangélicos e promoverão evolução espiritual sem retornos.

O caminho está indicado. Cabe aos homens de boa vontade seguir. Acreditamos que vocês estejam atentos e saibam discernir com segurança e optar com sabedoria. Não desdenhem, contudo, a prece e iniciem todos os seus trabalhos com a oração do Pai: “Pai nosso, que estais no Céu...” Assim, a contrição elevar-lhes-á os espíritos, propiciando luz interior favorável à percepção profunda da verdade da justiça divina, em empolgação de amor, fruto de real integração entre encarnados e desencarnados.

Os espíritos velam. É preciso saber aproveitar os ensinamentos, pois só assim se poderá fazer justiça para com as manifestações carinhosas que estão sendo realizadas.

Nossa sede de justiça é insaciável. Saibamos, todavia, crer na justiça divina, que a todos saciará. Por enquanto, que cada um, no seu domicílio, saiba resguardar-se de cometer vilipêndios, que acarretarão como conseqüência o despreparo para a vida de seus filhos, que têm em vocês o modelo perfeito de ser humano. Vocês talvez não desconfiem, mas a verdade germina, nasce, brota no coração da criança e vai frutificar no homem maduro. É preciso cuidar com desvelo carinhoso dessas plantinhas ainda tenras, que vêem na justiça um dos princípios de vida mais importante. Criança educada no respeito ao próximo transformar-se-á em adulto cônscio de seus deveres de cidadão.

Muitos males do mundo serão sanados quando os homens instituírem em seus lares a justiça como principal elemento da educação de seus filhos. Este ensinamento tem profundas raízes sociais. Atentem bem para ele. O influxo de soluções pequenas redundará em bem maior, de proporções universais. E assim poderão rejubilar-se de ter conseguido, por suas próprias forças, reforma moral vigorosa, que abrirá as portas para o caminho da verdade.

Sejam perseverantes nos benefícios que pratiquem, mas estejam atentos para que esses benefícios não venham a ser meros brindes de Natal. É preciso distribuir amor com justiça e não, simplesmente, fazer doações pueris de perdão, que aliviam tão-só a consciência pesada.

Quando nos referimos à justiça doméstica, queremos também discriminar aquela que se faz dentro do coração. Coração justo não admite regalias de confortos de consciência, aliviada através de desprendimento de bens materiais. A doação tem de ser integral, completa, para ser justa. Doação parcial é manca; não reflete comprometimento com a justiça divina. Quando se doa integralmente, o homem não consegue ver as conseqüências de seus atos. Somente o conhecimento evangélico trará o conforto espiritual e o descanso do dever cumprido.

Não hesitem. Ao despertar seu coração para a justiça, compreendam que terão de perpetrar sacrifícios imensuráveis, através da medida de seu entendimento. Deus, no entanto, tem a medida certa e procederá em justiça. Sua doação terá como resultado caminho de luminosa fé e tudo lhes será mais fácil.

Sejam justos, para que a humanidade possa atingir com segurança o almejado paraíso terrestre.

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