A Seleção, que começou desacreditada, acabou trazendo o tão almejado caneco, reconquistando o seu prestígio no cenário mundial. O povo, eufórico, e com justa razão, exibe, com orgulho, a camisa amarela, com mais uma estrela bordada. Passada a euforia, e tão logo a poeira assente, teremos outro campeonato. Desta vez em solo brasileiro. São as eleições que se avizinham. Sem grandes estrelas. Sem grandes novidades. Um jogo de pernas de pau. Onde o goleiro costuma engolir frangos e a arrotar faisão. Onde a tônica tem sido o bate-boca dentro e fora de campo. Onde prevalece o ataque e a ofensa pessoal. Um jogo feio e sujo. De jogadas perigosas e desleais. De cartas marcadas. Apático. Não se corre atrás da bola. Joga-se nos erros dos adversários. Os fundamentos básicos foram esquecidos. Erram-se passes. É raro o chute a gol. E quando acontece, a bola vai prá fora; ou bate no travessão. O povo anda descontente com esses jogadores. Que fazem o jogo do capital especulativo. Jogo que vem sendo prorrogado por duas copas. Há exatos oitos anos. Sem uma vitória convincente. Sem algo para comemorar. Está na hora de mudar o time. Vamos eleger uma equipe de craques experientes. Construir uma boa defesa de nossa economia e um bom ataque às questões de ordem social. Precisamos despejar nas urnas os cartões amarelos e vermelhos utilizados em qualquer campeonato. Advertindo e expulsando os maus jogadores. E preparando o campo para o sexto campeonato. O HEXA da educação, da segurança pública, da distribuição de renda e da justiça social. Prá frente Brasil!