(Versos de um a dez)
Um mulherão se desnudando,
Dois “voyeurs” admirando,
Três com a gata transando,
Quatro nos seios mamando,
Cinco na fila esperando,
Seis aos poucos chegando,
Sete lá detrás ameaçando,
Oito de longe espiando,
Nove se aproximando,
Dez veados nem ligando.
Um mulherão provocando,
Dois senhores protestando,
Três vigários se chocando,
Quatro mestres lamentando,
Cinco alunos só brechando,
Seis gaiatos debochando,
Sete velhinhos brochando,
Oito pinguços tombando,
Nove “manos” se drogando,
Dez puritanos se safando.
Um mulherão rebolando,
Dois recrutas vigiando,
Três cabos policiando,
Quatro sargentos comandando,
Cinco oficiais bufando,
Seis chefões só flanando,
Sete políticos enrolando,
Oito artistas desdenhando,
Nove promotores acusando,
Dez juízes não julgando.
Um mulherão passeando,
Dois machões acompanhando,
Três valentões reclamando,
Quatro pastores pregando,
Cinco beatos rezando,
Seis ateus estimulando,
Sete eunucos se babando,
Oito mulheres invejando,
Nove sapatas se excitando,
Dez moralistas condenando.
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