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Cronicas-->Uma Doce Lembrança / Uma Breve Lembrança -- 12/03/2003 - 01:49 (Cristiana de Barcellos Passinato Prima Castro Alves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Julho / 2002
Rio de Janeiro

Engraçada essa sensação que sinto que meu passado ainda não passou e que
ele vive a cada suspiro, e cada música, canto de minha casa, sala, quarto,
cozinha.
São mesclados sonhos, cheiros, gostos, sons, sentimentos de saudosismo que
parece pieguice, mas é a mais profunda melancolia de ver o que se
transformou o meu mundo.
Meu mundinho que não passa das paredes de meu quarto.
Ele foi se estreitando, se delimitando, pois não cabe mais tanta coisa.
Muitos livros, CD´s, uma parafernália de computação e eletrónicos, enfim,
tanta tecnologia e nostalgia, que me fazem chorar de saudade dos meus tempos
de gravador de mão e da vitrolinha que tocava com o auto-falante o disquinho
de vinil "single" das Patotinhas patinando na capa e vendo a Eliana ainda
adolescente com cara de menina boba e não aquela apresentadora que parece
uma Barbie, que também surgiu nessa época e foi sensação, sim porque antes
dessa, eu tive várias Susies, alguém se lembra?
Li outro dia um e-mail sobre lembrar de determinadas coisas, e com as
fotos, nossa foi um chororó desgramado...
Isso porque vocês não podem nem imaginar, vocês não tem a menor noção de
minhas brincadeiras na escola, e os problemas que atravessava de adaptação e
dos colegas me entenderem...
Eu peguei do bambolê, elástico, ió-ió da coca-cola, aquelas coleções de
garrafinhas de coca pequeninas, estava lançando a Sprite, meu Deus, como o
tempo passou. Gostava muito do Genius, tinha pavor de uma mão verde do Hulk,
alguém se lembra dele? E um gancho vermelho.
E os jogos da Grow?
Nossa, aqueles play mobil e casinhas de madeira que montava e fazia uma
cidade, porque ainda não havia chegado o Lego na minha época.
Enfim, bebia no intervalo, no Recreio mesmo das aulas, um Ola Ola, sabe
aquela mistura de todos os refrigerantes de máquina juntos e um misto ou
cheese-burguer...
Jesus amado, como o tempo voa, ainda ontem eu saia para as festas de 15
anos.
Ainda ontem, eu dei o primeiro beijo que odiei...
Ainda ontem, passei no vestibular, e não é que até hoje estou lá na
faculdade presa no passado que queria que passasse, mas esse teima em não
sair de minha vida.
Meu Jesus, olha aqui a minha coleção de papéis de carta!
Não, não é a do computador não, é aquela das pastas e pastas e as
figurinhas, olha?
Figurinhas de álbum Sarah Key, uma espécie de Ane Geddes da época só que
de desenhinhos bonitinhos, tipo fofolete, sabe?
E o Amar É... Aqueles bonequinhos peladinhos com frases lindas de amor,
que nem auto-colantes eram, que engraçado lembrar disso?
Meninos, e quando começaram a fazer xerox? Foi um advento para mim
comparado na época ao computador, sabe... Porque peguei o mimeógrafo e os
carbonos de mamãe me sujavam toda a mão e os jornaizinhos da quinta série,
eu rodei nele, no mimeógrafo da mamãe e bati na minha olivete portátil,
super moderna, que nem elétrica era.
Tinha que rir mesmo, eu nem sabia que iria fazer tudo assim num
instrumento que depois de tudo corrigidinho, e olha que nem sempre sai
perfeitinho, agente imprime, não é legal?
Pois é...
Delícia não é?
Pois então, com um passado tão doce, o que eu me prepararia no futuro?
Enganaram-me que tudo ia ser lindo, que eu ia dar certo e que tudo ia ser
florido e lindo em meus lindos e sorridentes dias.
Esqueceram-se de me mostrar e preparar pra esse mundo cão, que me engole
na primeira mordida para as grades de meu quarto que me prende nesse
passado que não me faz cair no chão...
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