Andava solitário e triste,
De amar, perdera a esperança,
Fechara-se ao amor meu coração,
Não tinha minha vida emoção,
Apenas trazia na lembrança
Resquícios de um amor que não existe,
Não mais...
Foi-se, assim, embora minha paz,
Onde procurá-la, era um mistério,
Entristeceu-se a minha poesia...
Meus versos careciam de alegria,
Da melancolia fez-se o império,
Sofria minha alma, e eu, por demais,
Sozinho...
Até que tu cruzaste o meu caminho,
Teu brilho intenso, vivo, iluminava
Cada pequeno trecho da estrada
Da minha vida e, então, a caminhada,
A pouco e pouco, mais fácil se tornava,
Por pavimento, tinha ela o teu carinho,
Enfim...
E, como nunca sucedera antes a mim,
Essa paixão sublime e arrebatadora,
Do meu ser, tomou conta, por inteiro,
Fez-se presente o amor mais verdadeiro,
Senti-me eu feliz como jamais eu fora,
Vivendo plenamente esse querer sem fim,
Estrela minha.
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