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Poesias-->A Água e a Vida -- 04/07/2004 - 10:25 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A ÁGUA E A VIDA

(por Domingos Oliveira Medeiros)



A água que nasce, no meio da mata.

Um pequeno filete, borbulha em gotas.

Surge do chão, para a imensidão.

Escorre da serra, gigante altaneira, no silêncio da noite,

Na escuridão.



Do útero da terra, da mãe natureza, o filho despeja,

O pingo nascido: infância dos rios e das cachoeiras,

Que unidos aos irmãos, em breve crescerão.

E aos mares, crescidos, acorrerão.



Arrastando lembranças, guardando segredos,

De amores perfeitos.; de amores desfeitos,

De amores em vão.



Histórias colhidas por todos os cantos,

Do meio rural às grandes cidades,

Deixando saudades, nas ondas dos rios,

À beira dos mares. No litoral

.

Pessoas, lugares, conversas trocadas,

Conversas fiadas, as mais variadas,

A vida, enfim, tão natural.

Em cima do arame, nas folhas dos rios,

Fugindo das pedras,

Do curso normal.



Impressões e visões no rio transbordam.

Espelhos de águas refletem os rostos.

Divergem, convergem, real, irreal.

Cativantes, confidentes, sinuosos, aparentes,

Nas águas correntes,

Do reino animal.



Selvagem, no mato, eu vejo a menina.

Nua no banho, despida em pensamento.

Palpita depressa, o meu coração.

A água é vermelha, o sangue é fervente,

Escorre nas veias, na tubulação.



Eu vou para perto, pro banho com ela,

Tive a permissão.

No meio da mata, em pleno sertão.



O namoro acontece, no calor do verão,

Sob o céu da manhã, sob a imensidão,

Em total solidão.



O amor resplandece.

Gotas de amor proibido.

Saídas de mim, sem sentido,

Misturam-se às dela,

Em suas entranhas, a água escondida,

São pingos de gente, a vida acontece.



No ventre da moça.

A água que nasce, a água que cresce.

Explodindo em cachoeiras,

Escorrendo pelo mundo afora.



São as águas doce do amor.

Que logo vão embora,

À procura de outros mares,

Novos amores.



Assim é a vida. Assim são as águas.

Assim caminham rios e mares.

Entre amores e dissabores.

Águas doces em procura de seus lares.

Arrastando galhos e flores.



Com suas alegrias e seus temores.

A vida ali começa e termina.

Solitária, salgada, mas em cores.



Em 30 de junho de 2004

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