Se o teu amor eu não tivera,
O que seria da minha poesia,
Um grande vazio far-se-ia
Em mim, a inspiração jamais se dera...
Versos sem emoção, sem alegria,
Seriam tudo que, decerto, houvera,
A descrever, talvez, a triste espera
Do amor que não sei se encontraria...
Porque, sabes, és tu que me inspiras,
De ti vem a razão do que escrevo,
Colocas, sempre, no meu coração,
A chama ardente dessa grã paixão,
Dás à minh’alma toda paz e enlevo,
És, musa, o eterno encanto dos meus dias.
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