Hoje eu cheguei a conclusão, não sei se muito animadora, mas reveladora,
de que realmente tenho alma de poeta, explico, é o seguinte, eu tenho que viver as coisas intensamente, nunca pode ser meio termo, senão cai na rotina, tenho que no máximo de 2 em 2 dias viver os mais altos sentimentos, ou vivenciar coisas espetaculares, amores, paixões, senão o tédio toma conta de mim, me sinto vazio, simples, cru, e sem profundidade em nada, fico isolado e sem reflexões, por isso não consigo conviver muito bem com as pessoas, porque mais cedo ou mais tarde, por mais que você se esforce e a pessoa também, as coisas parecem perder a magia, a ilusão, a fantasia, tudo fica mais esquelético e “desroupado”, minha luta é e sempre será a de nunca deixar que meu amor entre nessa paranóia que é minha, admito, é minha, não sei se é porque sou jovem, tenho algo de revolução dentro de mim, essa minha impaciência, minha ansiedade e ânsia de coisas grandes, de grandes vivências, tenho que amar todos os dias para daí tirar forças para simplesmente viver, respirar, andar, ser, é difícil ser o que me propus a ser, ou talvez nem me propus, as coisas foram caminhando para que no fim, ou no meio as coisas se tornassem assim para mim, não posso dizer que já sofri nessa vida, seria até pecado dizer isso, mas pelo que a vida aprontou para mim, hoje sem dúvida é a fase mais feliz em muitos e muitos anos, mas realmente não sei vivê-la porque não sei se estava preparado, tento me adaptar, me reconstruir, vivo literalmente entre o limiar da felicidade e da solidão, nunca diria que um solitário não pode ser feliz, mas como já disse, realmente tenho alma de poeta, e essas almas sofrem por muito mais que dizem necessário, não sei se tenho o dom para escrever poesias, realmente nunca aceitei ser chamado de poeta (n´alma sim), nunca me compararia nem mesmo a um Paulo Leminski, tido como poeta louco (poeta maravilhoso), “tô” mais para um Vinicius sem amores, sem viagens de navios para Inglaterra, sem uísque, sem Toquinho do lado, na verdade não consigo me classificar, isso normalmente fazem outras pessoas, vezes competentes, vezes não, mas seguirei pois é assim que deve ser...
As vezes, ou muitas vezes necessito estar só, realmente só, para pensar, fazer minhas coisas, e na maioria das coisas que faço não quero reconhecimento, não peço nada, a não ser que fique só para fazê-lo, não sei se você esta entendendo alguma coisa do que estou falando, ou tentando falar, mas vejo muito pertinente esse meu desabafo, mas acabo perdendo o rumo e nem sei mas o que estou tentando dizer, acho que ainda não sei exatamente o quê dizer, chega...
Thiago Schneider Herrera
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