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Poesias-->FOI ASSIM -- 29/06/2004 - 17:02 (Edna Berta) |
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FOI ASSIM
Foi assim, num repente
Desconcertante
E num lapso de luz
Te entendi distante
Fora de alcance
Foi assim, nos últimos raios do dia
Que beiram o começo da noite
Me vi sozinha
Perdida
Vazia
E a noite avançou sorrateira
Malvada
E no negrume total
Sem lua, sem estrelas
A falta se instalou
E o coração todo tomou
Foi assim, como uma rajada de vento
Que joga tudo pro alto
Destruindo, desolando, desesperando
E partida ao meio
Não acho esteio
Nem a paz que tanto anseio
Só a falta oca
Triste
Como um dedo em riste
A dar ordens de angústia e solidão
Foi assim, num repente
O tempo te levou para o fim das minhas esperanças
E a alma meio criança, toda assustada
Transpassada de desencanto e desalento
Caminha em ritmo lento
Moroso,
Puro desencanto
De quem da vida fez um canto
De amor cuidadosamente guardado
Agora o amor sofre calado
Desesperançado
Alquebrado, arrasado
E foi assim
Um quase acabar de mim...
edna berta
ednaberta@pop.com.br |
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