Resumo pra lembrar (XIII)
Grupos de neurônios vários
nossos cérebros compõem;
por serem distributários,
em níveis se superpõem.
Cada grupo em seu ninho
está pronto pra agir,
pra raciocínio fininho
e guardar o que advir.
O convívio com os seres
vivos e inanimados,
os diversos afazeres
ficam por lá registrados,
como as experiências
por qualquer um enfrentadas;
os neurônios, qual revências,
com partes estimuladas
por disparos fascinantes.
Estímulos em corrente
ora são eletrizantes,
ora páram de repente,
conforme peso moral,
tipo ou valor do fato.
Virtude adicional
é que, durante o ato,
podem surgir reações
entre certas substâncias,
para catalizações,
com diversas impedâncias.
Estímulos que transitam
livremente, ou freados,
a memória explicitam,
revelam seus predicados.
Existem curtas viagens
e de longa duração;
escolhemos as passagens
pra ir a qualquer rincão.
Escolhemos as estradas,
as de menor movimento;
nelas havendo picadas,
fazemos o bom segmento.
No cérebro também há
mudanças de um trajeto,
pra num ponto se chegar,
lembrar nome ou objeto.
A memória vai revendo,
de neurônio pra neurônio,
das sinapses se valendo
e talvez d’algum hormônio,
as informações guardadas,
que ela bem construiu,
como folgadas estradas
com pontes que bem previu.
Do ouvido à moringa
qualquer mensagem falada
transita pela caatinga;
é logo interpretada,
conforme velhos padrões
no cérebro alojados,
pra nomes, ou palavrões,
números e outros dados.
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