Normalmente quando se conceitua a palavra moderno, logo se entende bom. Então presume-se que o que é moderno é bom.
Me deparo neste instante com a velha caneta escrevendo essas linhas. Quantos anos se passaram desde que o homem começou a escrever, mas quando escreve, é fundamental a caneta. Pode-se Ter máquinas modernas, computadores, mas a nossa amiga caneta é insubstituível.
Quantas vezes já ouvimos de alguém suspiros de saudade pelas coisas antigas. Quantas vezes aquele videocassete cheio de botõezinhos mais complicou do que ajudou? Quantos recursos meu computador tem que eu não sei usar?
Fica uma interrogação no ar: O que é moderno é bom? Ou será que é bom ser moderno? E o que é moderno enfim? O conceito de modernidade deveria ser: Tudo que vem de novo para melhorar à vida.
Mas só no campo das idéias, muitos modernos já fizeram uma série de atitudes nada construtivas para a humanidade.
Outra associação à modernidade, normalmente feita, é a clara visão de que moderno seria alguém que possui grau escolar, como faculdade, doutorado e mestrado. Mas aí me deparo com outra dura lição. Vejo minha mãe com apenas a 4.ª série primária vivendo com tranquilidade e serenidade e eu, diplomado em economia e contabilidade dando duro, tentando encontrar meios de sobrevivência, por muitas vezes até com falta de memória causado pelo corre corre do trabalho; tanto que não consigo nem lembrar a idade dela, para escrever nesta coluna. Bem, então uso de um recurso bem antigo, o do orgulho, e não me humilho para perguntar: quantos anos a senhora tem, mãe?.
Alguns conceitos bem antigos se aplicariam muito bem aos tempos atuais. Quem souber "repartir o pão", "amai-vos uns aos outros" parecem distantes, mas fazem uma falta danada.
