(Do Livro: "PEQUENA HISTÓRIA DE UM GRANDE AMOR" - de Antônio Esteves de Faria)
EXTASIADOS
Em uma página de meu diário, 11 de abril de 1955, está registrado o seguinte:
Um certo dia que já se foi, eu estava em uma feliz conversa com a Lili, pois era sábado, dia de nosso encontro. Em dado momento, quando estávamos como que extasiados de um real e puro amor, a minha querida desvia seus olhos, que antes se fixavam nos meus e se põe a chorar! Compreendi a razão de seu pranto. Para oferecer-lhe, compus o seguinte poema:
BELA, AMOROSA E FORTE
Era linda a noite, a que assistia,
Era forte o brilho das estrelas!
Mais linda era a flor, meus olhos viam,
Muito mais forte o amor que havia nela.
Era feio o negro véu da noite!
Era triste o luto que a envolvia!
Era luz aquilo os olhos dela!
Era alegre e doce o que eu sentia!
Aquela luz, reflexo de su’alma
Eram raios do Senhor que nela havia.;
Era a expressão de mente e vida alva,
Era amor, força e graça da “Lilia”.
Eu a olhava com alegria e amor,
Ela sorria triste e retraia!
Eu sentia o amor que ela sentia,
Ela previa além, previa a dor!
Depois, fitei-a muito, com toda força,
Meu coração se agitou de amor!
Fitou-me ela muito, até o êxtase,
Seus olhos soltam lágrimas de dor!
Chorou sim, mas isso não é fraqueza,
Essas lágrimas são sua riqueza,
São a força, a moral, alegria,
São a nobreza d’alma da “Lilia”.
Lili, lê esta poesia e conhece-te a ti mesma! Isto, para que, quando cambaleares na vida, não te emudeceres, pois não terás caído, mas estarás a enfrentar o mais árduo combate, para conquistares a mais bela vitória: a vida pura!
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