Resumo pra lembrar (IX)
Em tal época de vida,
o futuro é traçado
como grande avenida,
e, às vezes, sem saída
fica quem faz má escolha
com base no seu presente;
com retentiva na rolha,
cérebro fica mais quente.
Quando se trata de droga,
a sensação agradável
na memória se prorroga,
causa desejo notável.
Então, repeteco vem
para vício produzir:
de uma vai para cem,
não pára de repetir.
Em sua maioridade,
com o trabalho advém
obrigatoriedade
de vencer e ficar bem,
das conquistas desfrutar
no menor tempo possível,
do físico pouco cuidar;
o mental é preferível.
O volume, novamente,
de informações supera
a concentração da mente,
mais horas-dia espera
para atender missões;
nesta fase, geralmente,
vão surgir os vagalhões,
falhas enormes na mente.
Nossos hábitos de fuga,
gerados pelo estresse
da obrigação que suga,
tornam-se principal messe.
Fugir para o passado
é uma das artimanhas,
lembrar de um bom guisado
feito com pacus-caranhas.
A condição atual
não deve de ser lembrada,
melhor ensaio mental
é antecipar jornada,
olhar para o futuro,
pressentir as emoções
do dia mais inseguro
que virá com prenoções.
Assim, na fase adulta,
reter a informação
é poder que nos avulta,
mas da vida vem pressão,
ressurge a distração
pelo estresse causada;
na memória um brancão,
e ela não é lembrada.
Na idade avançada
a memória vai sambar,
se não for exercitada,
se ninguém a provocar.
Caduco não vai ficar
quem realiza negócios,
quem procura viajar,
tem bons amigos nos ócios.
Longevidade se faz,
e lucidez se conserva,
se a gente for capaz
de inteirar sem reserva
com pessoas, de montão;
melhor, as estimulantes,
com grande interação
nos deixam bem confiantes.
Velhotes com mais de cem,
geralmente, pobres são,
mas uma coisa que têm
é a imaginação
pra sair dos seus problemas
que a vida lhes armou;
livraram-se das algemas,
e o “branco” se findou.
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