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cronicas-->A HISTÓRIA DE UMA JANELA. -- 10/03/2003 - 12:59 (Clodoaldo Turcato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Era uma vez um garotinho, vidrado em computador, que se chamava Apolónio,. Medíocre na escola, pouco familiar e menos sociável. Mas tinha uma grande capacidade para criar bonequinhos. Em seu tempo, existiam grandes empresas criando bonequinhos, todos pretos, sem colorido nenhum. Mas como naquele tempo só fabricavam aquilo, as crianças compravam e brincavam com os mesmos. Quando Apolónio cresceu foi trabalhar em uma fábrica de bonecos; um belo dia: "Eureka!". Descobriu um jeito de fazer os bonequinhos coloridos. Ele levou a idéia ao seu patrão, mas este não achou aquela descoberta interessante e não deu credito par o jovem talento, deixando-o extremamente frustrado. Apolónio ficou muito triste, foi para sua casa e abriu sua fabriqueta de bonecos coloridos. Como o trabalho era bastante grande, convidou um amigo chamado Estevão para auxilia-lo. E iniciaram o trabalho, desacreditados pelos grandes; mas foram em frente.
Um belo dia chegou ao mercado um novo boneco chamado janelinha, com muitos enfeites, muito atrativo e sem aquela cor preta dos bonecos comuns. A criançada adorou o janelinha: prático, fácil de montar, bonito, ágil e moderno. As vendas foram um estouro. Quando o antigo patrão percebeu, janelinha já vendia mais que seus bonequinhos pretos. Tentou se associar ao Apolónio, mas este preferiu ficar com Estevão.
Passou algum tempo e os criadores de janelinha foram ficando ricos. Mas como Apolónio não era fácil de conviver, brigou com Estevão e criou a sua empresa. Os dois viraram concorrentes, produzindo bonequinhos. Estevão chamou o seu de Maçazinha.
Com o tempo janelinha ganhou um irmão chamado janelinha 3.10 e depois 3.11. Quando o primeiro bonequino já estava velho, Apolónio lançou um bonequinho novo ao qual chamou de janelinha 95. Este brinquedo era capaz de telefonar, uma novidade que levou a criançada todas as lojas para comprá-lo.
Mas qual não foi a surpresa de Apolónio quando iniciou uma derrocada de processos contra a sua empresa. Diziam seus concorrentes que o aparelhozinho que fazia janelinha falar ao telefone era ilegal. Que ingratidão imaginou o jovem. Como um inocente artefato adaptado ao seu bonequinho causar tanto alvoroço? Tantas pessoas movendo cargas de processos contra sua criação, que saíra de uma garagem para prédio vistoso, e dando para Apolonio bilhões de dólares.
Mas Apolónio foi firme, trabalhou e lançou um novo bonequinho. O Janelinha 98. Muito falado, muito esperado e bem baratinho, pelo que faz. Dizem até que não trava tanto como ser antecessor.
Os concorrentes de Apolónio não cessam às críticas, foram buscar até fotos de quando, ainda moço, este foi preso em um baile de carnaval, cheirando lança perfume para se animar. Na revista aparece um jovem de 21 anos, óculos fundo de garrafa, com uma plaquinha numerada, ao lado de uma fotografia atual, publicada em todos os jornais quando descobriu-se que sua fortuna atingira 56 bilhões; junto com as duas fotos a grande manchete:
"O outro lado do criador de Janelinha."
Entre os críticos um sujeito bem intencionado me falou:
- Sabe, não conseguem criar nada melhor que o Janelinha e tentam destruir seu criador.
A propósito: você não viu uma história parecida com esta em algum lugar?

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