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Poesias-->CANÇÃO DE AMOR PERDIDA NO TEMPO -- 23/06/2004 - 15:11 (Tereza da Praia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CANÇÃO DE AMOR PERDIDA NO TEMPO



Tereza da Praia.







Tu sempre foste o meu homem amado,



Sempre foste meu, adivinhado e imaginado.



Por quem tenho um amor incondicionado.



Amas-me, mesmo quando por ela entusiasmado.







Foste meu, desde quando, na floresta,



Roubaste meu disfarce, minha máscara.



Conheceste-me despida de mim, imodesta.



Nobre caçadora, mulher bela, uma jóia rara.







Escondeste de mim o meu disfarce,



Fui por te conquistada, deus do fogo,



O teu amor em mim fez-se em catarse,



Não tive como evitar o teu desafogo.







Roubaste-me as vestes, roubei-te o fogo.



Em mim tenho uma fagulha de ti, sufoco.



Segui-te onde me levaste, fui no teu caminho.



Como sua companheira, como teu carinho.







E assim me amaste naquele tempo.



Voltamos a nos encontrar agora,



Situação tão singular, do passado fragmento.



Realidade que se vez em mim, aurora.







E por isso eu te sinto com tanta intimidade,



E te possuo mesmo quando te negas a mim.



Compartilho contigo a luta pela igualdade.



E acredito que a verdade um dia chega sim.







O que desprezas em mim é o teu reflexo,



A minha feiúra é da cor da tua longa noite.



Não te libertaste para admirar teu belo nexo,



Ainda veneras àqueles que detinham o açoite.







É a perversa dialética da razão indolente,



Por vidas e vidas, por gerações e gerações,



Ouviste dizerem que eras incapaz, doente,



Sem alma, que acreditaste nestes sermões.











Sempre me amaste, mas contra mim lutaste,



Pois carrego de ti a melhor parte.



Os nove pedaços, que de mim cortaste



Hoje os integro, já que me ressuscitaste.







Queres esquecer tua situação, tua origem real,



Continuar acreditando ser dejeto no rio a agonizar.



A escolha é tua. É tua a opção de morte atual.



Só peço-te deixes os chifres de búfalo no meu altar.







Tereza da Praia



Série: Vadiação da alma indecente.



(baseada na historia de Ogum e Oiá)















































































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