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Contos-->A BUSCA INFINITA DO HOMEM AO AUTO-CONHECIMENTO -- 05/10/2003 - 02:21 (Rose Maura Fleixer) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Rosa Maria buscava uma lógica para justificar suas ansiedades. Sabia que algo mais existia, além da vida que, até muito bem, vivia. Parecia que faltava-lhe algo. Talvez aventura, talvez liberdade, coisas que, aparentemente tinha.

Era inteligente, bem casada, viajava, trabalhava, era admirada, mas vivia intrigada com uma insatisfação que lhe remoía o íntimo e que não encontrava motivos para sentí-la.

Numa de suas viagens, conheceu um rapaz que tratou-lhe como uma criança, encheu-lhe de mimos e ela, sempre forte e determinada, não se sentia confortável com tal situação, pois estava acostumada a se virar e, no máximo, paparicar os amigos, os quais sempre gostou de ajudar e presentear. Era a fortaleza para todos e gostava de ostentar tal fama, mas ao encontrar tal rapaz, deixou escapulir dela uma vontade contida, reprimida, de ser cuidada, ao invés de cuidar, como costumava fazer, e foi então que sentiu que uma das coisas que lhe faltavam e por ela era desconhecida, era desarmar-se em favor da sensibilidade e deixou-se vencer sendo frágil, ao aceitar ser mimada pelo novo amigo.

É interessante o quanto só se percebe o que se falta, quando um fato inusitado acontece. Rosa Maria, poderia ter deduzido há muito, que sua maneira forte de encarar a vida, lhe deixava cada vez mais fraca em relação à mesma, pois todos os seus medos foram contidos dentro dela e agora, como qualquer ser humano, ela, também reconhecia que não podemos ser fortes o tempo todo e para entregar-se a fraqueza, é necessário ter muita coragem e, ao pensar ser corajosa, entendeu o quanto era medrosa. Tinha medo de magoar, de ferir, de falhar, de não corresponder, e acabou por esquecer o quanto era humana, demasiadamente, humana.


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