Toninho, disseste há dias
Ter saudade das formigas
Do tempo em que não as vias
E perguntavas então
Que seria feito delas?
Andavam pelas capelas
Talvez no alto e a rezar
Por este mundo mais doce
Um torrão que a terra fosse
Lá pras bandas d’além mar...
Portuga, então eu te digo
Num raio de sol-nascente
Vi tua formiga bela
Viajar no sol-poente
E no fio de um cordão
Caminhar toda zelosa
Então te ofereço amigo
Teu lindo inseto ligeiro
Transmutado em minha rosa
Neste meu verso faceiro...