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Poesias-->Casa em Brasas -- 18/06/2004 - 17:54 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Noite,

Fria noite de hora apagada.

Há fogo na casa,

Há gritaria na vila e desepero na alma.

Aglomeração,

Aglomeração curiosa.

Paredes inteiras ardiam,enquanto o cordão de mãos só olhava.



Estalavam os esteios,

Perdiam-se as cores,

Ardiam-se em dores,enquanto os olhos, já sem nada fazer voltavam-se para o céu, a emergenciar providências divina.



Enquanto o trabalhador...Um nobre senhor e sua senhora chegavam cansados, extipados da labuta do dia, para assistir, a casa, asílo de tantas outras horas, no colo nú do chão, repousar calada, em cinzas.



Em meio quarto do tempo...tudo consumado.

Os olhares ao redor, já dispersavam e as labaredas, pouco a pouco calavam.Só o pai e a mãe de frente ao nada, com as emoções abaladas, fingiam não ver, que o dia seguinte era nova jornada.



Daqui e dali, veio um abraço camarada, veio uma calça esgalçada, uma camisa usada, um vestido de cor pálida, uma rede, uma sopa quente, umas palavras de gente solidária, uma aperto de mão, um convite de abrigo,no dia seguinte um multirão.



Póstumo em decepção o filho e a tia veem o vento, que com a chuva calam de vez a quela solidão.

O abraço de família, fez da ilha uma emoção, celebrada em lágrimas de união,que o dia seguinte, aquele povo registrou numa nova e bela construção.



A vida a todo instante se renova.

As coisas pelas mãos juntas se reconstróem.







Essa poesia registra o dia em que a casa do meu amigo Júnior pegou fogo.



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