Ah! noite cálida de outubro, que em luar vem despertar o silêncio.
Devolve a minha calma a serenidade humana.Não deixe que essa saudade,essa necessidade,essa Saudade faça morada no meu mundo.
Não permita que os meus olhos fiquem tanto tempo Na ausência da luz,pois o meu peito imaturo, deixa-se levar pelos segredos amantes, das horas em que juntos, a sedução e a loucura , conspirando contra a minha sanidade vivem a inventar um irresistivel desejo.
Só de ver passar, aquela que é, em balanço,em voz, em vida, em corpo,em cor... o mais puro pecado, sinto desestruturar a alma, na quase incontrolável vontade de beijar a boca... Mordiscando os lábios,violando as normas do pudor, ensaiando gritos de amor e com as mãos desenhar aquele corpo fogoso, se agitando,sem perdão.Querendo querendo uma eternidade nos segundos de emoção.
Ah! Essa paixão proibida...
Essa paixão, que vei feito castigo, exaure a minha visão e me deixa comprometido com a sorte.
Se ouso dizer não, o meu coração me enfraqueçe.
Se nego a razão, me arrasto escravo a louvar a morte como salvação.
Talvez por isso,velo o deserto, que a solidão, em sua destreza prepara todo entardecer para os meus pés.
Se não despertar desse dilema, encontrarei o fim como começo de uma nova era. |