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Artigos-->O Sino da Tormenta -- 28/06/2002 - 14:51 (Rodrigo Mota) |
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A suave estrada contém lobos
O vento carrega o seu uivo
A canção da ventania, açoitou os meus olhos ao dia
& me trouxe a tempestade
Disfarça agora a tua ira
Do tal sonho da vida malograda
O eterno sonho esvaziou-se
Está fora de rumo
O vento suave vem...
O vento suave vem...
O vento suave vem..?
O anjo do mar, apresentara-se no vale das sombras
E os pecadores afogados...
...Quem pagará por isso?
Ri-se no túmulo da piedade
Por ventura não vem a morte
Saltitando do abismo?
A dor segue em suas cavernas
Suspira a noite no dia de alvorada
Apegaste ao vinho velho da vida
Nem sabem as estrelas do eterno amanhã
Permanecem em funerais delirantes
ou atentas ao furor dos vinhedos
Acabará os seus sonhos numa felicidade fugaz
Ou talvez no pavio de uma vela
A tua mocidade não morreu
Com os prostitutos culturais?
& quando gritas
Endurece a tua face para graça da compostura
Arrastava-se sobre a lama
& não limpastes tua alma?
Convêm a terra abortar tua semente
& espalhar para os montes os teus ossos?
Para quem, derrama a nuvem o seu gotejar?
& quem colhe, o rugir dos trovões tempestuosos?
O sino da tormenta, toca nesta manhã
Perdestes a chave desta porta tenebrosa
Onde estão as crianças?
Fora de alcance, fora dessa terra sem fim
Fará o ceifo da tua própria semente
Lançará o próprio veneno na tua casa
"A morte nos faz Caras & Surpresas
Incandescidos há um uivo total
Numa muda agonia"
Pois, a dor cai como pele queimada
Serão os filhos, de um deus-fantasma?
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