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Poesias-->Terceira idade -- 16/06/2004 - 20:50 (Clodoaldo Turcato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Um dia tu chegarás lá!

Aos vinte anos surgirão os primeiros sinais

Fios (poucos) brancos em meio à floresta negra

Ainda os vencerá, arrancando-os, trocando a tonalidade

Mas terás pouco tempo para voltar ao espelho



E aos trinta perceberás que a mecha crescera

Algumas cavidades aparecerão na fronte

Por essa época algum filho terá casado

Algum neto estará por nascer

Mas terás somente trinta

E com uma vida toda pela frente

Nada o assustará



Dez anos depois estará grisalho

Todas as pinturas tornar-se-ão quimeras

Em poucos dias a pintura tornará à velha cor

Caso não os tiver perdido de todo

Sejamos benévolos e consideremos que não

Mesmo com rugas e papadas

Estarás com apenas quarenta

Terás muito tempo pela frente



Rapidamente a olheiras apontarão cinqüenta

A fadiga impedirá aventuras impróprias

E melancolia tomará seu dia

Quando a cidade era mais bela

As mulheres eram mais lindas

E a vida era mais vida



O pavor vem aos sessenta

E as forças serão outras

Quiçá óculos e muletas te auxiliarão

O passo arrastado não terá mais corridão

E a respiração será ofegante

Perceberás algumas gentilezas novas

Direitos novos e gratuidades

Outras maldades e pouco caso

Logo contigo, um Senhor!

Sim, todos te chamarão por senhor

E o termo te cairá tão apropriado

E os jovens andarão tão rápido...



Para setenta será um salto

Algum filho o estará velando

Cuidados com barulhos

Demoras, quedas e remédios

O dia-a-dia o tornará um estorvo

E algum neto poderá sugerir um asilo

Afinal de contas tal local será bem mais adequado

Não haverá tempo para carinhos

É, companheiro

Fique calmo, tranqüilo

Não tenha presa alguma

Pois com toda a certeza

Um dia chegarás lá.













































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