Ode a um coração que creu.
Por que te perturbas, meu coração?
Por que te entristeces no meu peito?
Não te turbes, cante uma canção,
Brinques, rias, para que fiques refeito.
Coração ateu,
Coração que creu,
Coração no breu,
Coração que é meu,
Coração só teu.
Deixes os verbos no passado.
Ganhes um espaço Alado.
Coração que crê,
Coração que lê,
Coração que vê
Um claro verde,
Esperança.
Deixes a lança
Trespassar,
Fazer uma matança.
Sangrar.
Ainda podes cantar,
Fazer uma festança,
Mesmo com desconfiança,
Não percas a temperança,
Coração...
Por que te deixastes enganar,
Acreditastes na mão,
que era só um aceno,
Que era só uma ilusão.
Um movimento sereno,
De alguém dizendo não
Tereza da Praia
Série: Vadiação da alma indecente
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