O que diria, se explicar pudera,
Como nasceu em nós essa paixão,
Essa incomum torrente de emoção,
A dar-me o amor que encontrar quisera?
Como indagar, agora, ao coração,
Acerca de por que nunca se dera,
Em nós, malgrado a longa espera,
Amor tão forte, por que não?
Certo é que, ao longo da jornada
Da vida, andei por toda parte,
Sem nunca amar assim, um só segundo,
E, inda que percorresse eu o mundo,
Ao certo viveria para amar-te,
Sublime, eterna e doce namorada.
|