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Poesias-->SANTA CRUZ -- 12/06/2004 - 00:34 (Padre Bidião) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"SANTA CRUZ"



Filho de pai "Deus" !!!

Nome pra rachar a quente terra !!!

Que os "Homens" o tornou vendável !!!

A valores mil dos miseráveis pelejados...

Na serra subo ao dia e meio,

Para a carcaça alimentar,

Na venta cheira agora...

A tarde o podre será excretado,

E o sol renascera o belo em cima da carniça.



Minha cruz de eternos amores,

De madrugadas volupiosas...

De prazeres desejados,insaciáveis,

Do acordar manso e tolo...

Aí...aí...aí...pecado bom pai...

Deixa-me morrer de retina virada...

E nascer na trindade espiritual dela...



A serra acima de sol central,

O cansado corpo suado e rastejante...

No tombo natural o olhar sobe,

E vejo de abertos braços,

Na magreza do quente sertão,

O silêncio do olhar serpente,

Com a lingua aponta meu desejo carnal...

Esqueço a barriga e alimento e sofrida alma.



A peste da sociedade pequena e hipócrita...

De frustações nas quatros paredes de taípa a varar...

O natural ardente amor da cabloca,que em mim plantei,

Na igreja ta lá... a desejada e insaciável fêmea...

De roliças pernas e brilhante olhar de lado...

Escândalo pronto na boca,

Na comunidade despertar o avesso prazer...

Acordando o macho no barulho silencioso,

Dos santos pilarse que o barroco pintou,

Ao dom e tom dos clássicos que o mestre nos ensinou.



Boba...serena...peste bubônica...

Dá-me Maria Madalena milho ralado e leite de cabra...

Preciso bater forte,sim sinhôra,

Pois a sombra é gostosa e fresca...

E o corpo precisa alimentado está,

Para o trampo que a mim espera...

No alto plantado na acomodação,

Deus sofrendo agonias terriveis...

Que nas volúpias de loucuras a vejo,

E renasço cansado tombado nas morenas pernas mulher.



Na distancia do dizer...Lá não vou...

resisto e resisto...macho fico...arrogante,

Agora sim dominei a fera que imperava o animal interno...

E pasava no torrão pisado e empoeirado, a relutar...

A vontade que ao correr da quente folhagem das jaqueiras,

Aumentava e tornava-me dominante, ao amor da inocente donzela.



Mansa como uma cabrita, e valente como uma serpente,

Mandava e reinava dia a dia minha tolice...

Menino brincalhão,brabo,dengoso,arrogante,

Com dominio, mas de uma limitação macho infernal,

Quando a sepente do ardente e insaciável desejo apontava,

Pronto,só e somente Sol, a sapatear meu peito dilacerado.



Agora aos "Santos" da amada terrinha,

Cansado e velho de caminhar lento de estórias muitas...

Que na chegada do novo, veloz na força do correr...

Donde a beleza do renascer, é a sabedoria do mestre,

Entrego-me aos urubus, contudo a carniça a eles´pertencem...

Morto sem voz, e fria que a mim já nada vale.



Marcos Alexandre Martins Palmeira

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