não permita que te roubem a delicadeza.
os tempos são duros, mas o teu tempo
é de teu próprio alvitre.
essa secura no ar é concreta,
mas não há que endurecer-te,
ainda.
sê gentil e afável.
mantém a alma aberta, os braços abertos,
as mãos estendidas,
que o caminho está repleto de seres generosos,
buscadores, como tu.
sê justo e bom, ajuda a quem precisa
pois se alguém te pede,
o faz por algum motivo.
tem compaixão.
que a tua casa seja sempre repleta
de perfumes, cores e música,
para receber amigos, filhos,
amores e afetos,
como um porto seguro
para estar e ser feliz.
mantém sempre cadeiras na varanda,
onde possas apenas quedar-te
e olhar o sol, ora a lua,
os beija-flores irriquietos,
o vento que te acaricia
e a chuva que enche de umidade e melancolia.
a natureza será, sempre, ótima companhia.
mas não esquece: a delicadeza é a maior virtude.
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