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Artigos-->A causa de tudo -- 26/06/2002 - 23:51 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A CAUSA DE TUDO, QUEM SABE?



Francisco Miguel de Moura

Escritor, da APL





Não sei porque me lembro agora do que minha filha me disse quando tinha apenas seis aninhos:

- Papai, por que a gente compra as coisas?

Não pude responder a sua pergunta mas concordei comigo mesmo que não se devia comprar nada. Por que comprar inclusive aquilo que fazemos? Pensei na coisa-trabalho, na coisa-mercadoria e na coisa-dinheiro, conforme foi explicado por Karl Marx, cuja doutrina dizem que já morreu. Mas, como os mortos nos perseguem! O mal está na separação. Trabalho separado da mercadoria, mercadoria separada do dinheiro, dinheiro separado do homem (trabalhador). Por causa disso houve muitas guerras e ainda haverá muitas.

Mas por que deveria eu ainda falar nessas guerras? Na Guerra do Terror do fundamentalismo islâmico contra o fundamentalismo ianque, que cola Deus até nas notas de dólar. Mas seus fiéis realmente são muito hipócritas ou infiéis. Deus anda longe dos seus corações. Como sabemos também que usar o nome de Deus em vão é pecado grave.

Por esta e por outras, eu não devia mais falar no terrorismo de qualquer guerra, quente ou fria, virtual ou verdadeira, em terra ou nas estrelas, pois elas matam tanto civis quanto políticos e interessados nela (em tirar proveito), mas muito, muito mais civis, crianças e velhinhos do que os donos da guerra, seja a da Coréia, do Vietnã, do Golfo, dos palestinos contra os judeus e vice-versa. Serão assim todas elas até o fim do mundo.

Nem mesmo deveria falar nas fomes e pestes, nas desgraças como a queda das torres do World Trade Center, na queda do Talibã – e agora que vão fazer os Estados Unidos com o Afeganistão? – em todas as quedas, mesmo as da União Soviética, do Muro de Berlim e do socialismo real (estatal).

Mas eu devo dizer que, se tudo tem causa, o terrorismo também, e talvez muitas causas. Qual ou quais as causas do nascimento e crescimento do Talibã e do terrorismo do Al Qaeda? Quem sabe? Quem os estudou? Por acaso quem quer eliminá-los – se de fato não já os eliminaram, quando sair este artigo – sabe? E de fato tentou cortá-las pela raiz? Sem o fim da causa não desaparecem os efeitos. O terrorismo não é um país nem um homem, quer este país se chame Afeganistão, Arábia ou América, quer esse homem se chame Osama bin Lada, George W. Bush ou o rei da Cochinchina. Invadam ou arrasem esses países, prendam ou matem esses homens, e o terrorismo sobreviverá desde que não sejam eliminadas suas causas. Assim como a droga não é a “droga” em si mesma, mas os usuários e traficantes, o mercado da droga, o capitalismo da droga.

O terrorismo e a droga serão os dois males deste século. Mas há que existir remédio contra eles, dentro da democracia, dentro da lei, dentro da verdade às claras, sem subterfúgios. No entanto, o presidente dos Estados Unidos, país que se autodenomina democrático e liberal, defensor dos direitos do homem, os quais foram estabelecidos em convenção internacional que já faz parte da história e da tradição do homem civilizado, em lugar de agir serenamente, estudar o mal e aplicar seu melhor remédio, agora baixa decreto que permite a criação de tribunais militares de exceção para julgar estrangeiros acusados de terrorismo. Xenofobia. Terrorismo. É a negação da democracia. É o despotismo. É o fim do mundo.

É evidente: Deus não quer terrorismo nenhum, nem droga nem guerra. Deus quer a paz, o amor, a compreensão entre os homens. Por isto que o Pe. Virgílio Ciaccio ssp, em seu artigo do jornal “O DOMINGO”, de 18.11.2001, explica a profecia do fim do mundo com estas palavras: “Nada pode subsistir daquilo que foi edificado pelo orgulho humano ou pela injustiça humana; sobre as lágrimas, a fome e a exploração dos mais fracos...”

Sobre o assunto é preciso dizer mais?

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