Foi vista no caminho da ilusão
Cresceu com sentimento, paixão
Não negou os prazeres
Em corações plantou a dor
Esvaziou a alma de pudores
Desfez amores de ódio mortal
Dançou e tripudiou violões em poses
Gangrenou o amor cuspido em larva animal
Gritou prazeres, lua estampada dourada
Em tendas molhou, almofadas dilaceradas
Desnudou a carne alva, macia santificada
Bebeu o sal de lamas desesperadas
Rasgou as veias, pulsante maldita
Semeou frutos, pobres bastardos
Largados sem rumo, aniquilados
Gargalhou, lacaia, patroa fingida
Fugiu em fumaça, fogueiras saudades
Chorou caminhos, estreitos precipícios
Infeliz, aflição de vazios guardados
De nunca ter, sequer, um dia amado.
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