>>>Desbravando planos ocultos<<<
Para onde vamos? Só posso escutar o silêncio,
O lugar onde as vozes não se acalmam, algum
Lugar perto do céu. Tudo que digo é que rotaciono,
E entrego, aos mensageiros, os códigos da liberdade.
Eu sou intenso: infernal, prossigo impreterivelmente
Errado, derivando conclusões obtusas. Sou o
Profeta, poeta de causas menores, ilusão sinistra,
Pontuado por episódios distantes.
Aqui é o farol, aqui há abrigo:
Diante de mares bravios, lamentos que marcam
[o outono.
(É carne? É sangue? Palmas, chega
Aqui o mártir- restos deixados por um furaccão,
Alguém repete- não há conceitos,
Apenas fé).
Vegeta em crateras do esquecimento,
Os vermes que farão nossa história futura.
Sob a sombra de muros lunares, o artista
Escreve em nanquim um belo soneto de Petrarca.
Ondas, vagas, metamorfoses acima da luz do sol
[e do mar profundo, estamos adiante.
Avante,sempre avante, concluimos:
Estão aqui nossas comendas? Teremos medalhas?
Todo ouro e suor pelo inferno,
Esse é o dilema que ocorre ao não arriscar
A última estatégia presente em um plano oculto.
(Eder Luis Tomokazu Kamitani)
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