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Contos-->O computador, eu e elas -- 23/09/2003 - 11:15 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O Computador, Eu e Elas .
(Por Domingos Oliveira Medeiros)
Do lado de cá. Espiando. Tal como nos tempos de colégio. Dia de educação física. Feminina. Não poderia ficar em sala de aula. E assim eu fazia sempre. Eu e mais dois ou três amigos. Sem maldade. Pura curiosidade. Ver a cor das pernas. Se grossas ou finas. Se bonitas ou belas. Arriscávamos a própria sorte. Se o diretor nos pegasse, a coisa ficaria preta. Ficávamos de castigo. Depois da hora. Com direito a levar, por escrito, advertência para casa. Que acabaria, no meu caso, pela cassação do direito de sair no final de semana. De ir ao parque de diversões. Ou ao cinema. O dia todo em casa. Estudando. Mas valia a pena.

Hoje, ao espiar o Quadro de Avisos, do lado de cá deste muro imaginário, que separa o mundo real do virtual, pela telinha do computador, deparei-me com o “pátio amarelo” do colégio de minhas lembranças. De certa forma, elas estavam todas lá. Não se tratava, desta vez, de olhar pernas ou outras partes do corpo. Claro que não. Até porque, no meio delas, haviam senhoras casadas. A curiosidade foi para o bate-papo. Descontraído. De amigas virtuais. E assim, em silêncio, participava da conversa.

Estamos na Primavera. É verdade. Também gosto do mês de setembro. Tal como a Milene. Apesar de não ter contraído núpcias naquele mês. Mas, diferente da colega, não optei por outubro. Casei-me no primeiro dia de fevereiro. Próximo ao Carnaval; uma capela, no alto
de uma certa rua, no bairro da Glória; na, então, capital da República,: a cidade do Rio de Janeiro ; no antigo Estado da Guanabara.

Não, meu casamento não deu IBOPE. Nem confusão de final de semana. Nem virou programa da Hebe. Naquele tempo, a Hebe ainda não tinha programa. Havia, isto sim, um suave perfume no ar. A vida, até então, assemelhava-se às rosas que desabrochavam em botões. Primavera em pleno verão. Sol escaldante e poesias inundavam o meio ambiente. Ambiente propício ao amor. A juventude à toda prova. Todos de mãos dadas. Todos sorriam. Marias - principalmente as que vinham em nosso socorro -, e as lauras, as patrícias, as andréas e es adrianas, para ficar nas mais falantes. Todas conversavam alegremente. Anunciando a primavera. Primavera que acontece em várias estações de nossos corações. Em todos os meses, dias e horas em que nos sentimos felizes.

Depois vieram os filhos. Sinal dos tempos. O olhar bucólico para as ovelhas dos campos. As nossas lembranças. Divagações. Aquele livro. Aquele personagem. Marília de Dirceu. Romeu de Julieta. Do jeito que aconteceu. Fins de semana lindos e maravilhosos! A vida seguindo seu rumo. Saudades do frio de São Paulo. Aconchegante. Manhãs floridas de setembro; no Rio ou em Salvador. Não importa!

Dia para tirar fotos. Fotos coloridas. Até que a noite avança. O sono chega. Não tenho mais forças para abrir o e-mail. A geringonça é lenta. Talvez pelo cansaço da hora. Só deu tempo para a despedida: “Boa noite, querida! É pena que hoje a gente se falou pouco”.Em tempo: qualquer semelhança terá sido mera coincidência.

23 de setembro de 23003



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