Usina de Letras
Usina de Letras
153 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62220 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10363)

Erótico (13569)

Frases (50616)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140801)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Censura Livre -- 02/06/2004 - 19:48 (Tereza da Praia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CENSURA LIVRE





Pelo jornal o dia chega

Com letras escuras.

Contando o terror, a violência e

O desamor e outras loucuras.

A mortandade por toda parte,

Por toda a terra e quem sabe até em marte.

Pelo meu sonho era tudo bem.

Não havia o medo em ninguém.

Você passava e olhava pra mim

Mas a verdade bateu no meu rosto,

Como lufada de vento ruim

Doeu, mas me fez acordar.

Não era nada do que era posto

Havia espectros a nos assustar,

Atrás de cada árvore do nosso jardim.

O que era paraíso, antes puro,

Foi transformado em floresta espantada

Povoada de fantasmas empafiados de outrora,

Uma patrulha ideológica mascarada.

Oh! Meu amor, meu grande amor, e agora?

Soprai! Soprai, fortes ventos!

Chegaram escuros tempos,

Mesmo assim, você me incendeia.

Amor me incendeia, até eu florescer.

E nada há mais bonito que seu corpo nu sobre mim.

Na Rocinha, a guerrilha urbana espalha o horror

Não há salvação, meu grande amor.

Será que a violência é a única linguagem do homem?

Da raça humana, este é o fim?

A ira atrai a ira. A bondade e o amor somem

A vida não tem valor.

O homem mata homem

Sem remorso ou pudor.

É a lógica do terror,

Meu grande amor.

Até onde vai o desamor e a maldade

Da humanidade?

Ah, meu amor, tenho vontade de voar

Embrenhar-me num mundo encantado,

Sem jornal, sem notícia, sem celular

Só eu e você,

Reaprendendo a crer.

E nada há mais lindo que seu grito selvagem

Na hora do prazer

Derrubando muros, quebrando barreira.

Mostrando-se livre, iluminado,

Clareando a noite, trazendo o amanhecer

Oh! Meu amor, meu grande amor!

A voz do pássaro na sacada

da casa rosada

Não pode silenciar,

Tem que denunciar.

Tem que cantar para sua amada,

Esta enorme dor no peito,

Este pavor no olhar!

Meu amor, meu grande amor, e agora?

na varanda branca da aurora

A vida de Gandhi não importou.

Seu grito de não violência ficou esquecido.

De lá do Olimpo, escondidos, qual alma obsessora,

eles querem ver este mundo explodir,

a crueldade crescer.

O amor perecer

a alegria ir embora

O ser humano desaparecer.

Meu grande amor, e agora?



Tereza da Praia

Série: Todo sentimento











Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui