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Cordel-->Para todas as mamães de todos os dias -- 14/05/2006 - 12:26 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Todos os Dias das Mães.
(por Domingos Oliveira Medeiros)


O dia das mães, em geral, para aquelas que são “do lar”, começa cedo, pela manhã. Bem antes do sol raiar. E vai até à noitinha. Passando por toda a tarde. Sem tempo pra respirar. Se tem criança pequena. A luta é mais complicada. Bem cedo começa o chorinho. É hora da mamadeira. É hora da fralda mijada. Depois ouvir o arroto. Com três tapinhas nas costas. Sossega logo o garoto. E nova fralda enxuta, aparece outro dilema. Está suja e com cheirinho. Surgiu de novo o problema. A fralda é logo trocada. . Depois é só enfiar, na boca a doce chupeta. Deitar o bebê no berço. Seja ou não de proveta. E partir para a cozinha.

Botar a comida no fogo. Enquanto ferve o café. Acorda com beijo o marido. E o mais velho atrevido. Que não quer saber de escola. Começa a gritaria. O marido malcriado. Que não quer saber de nada. Sai do banho irritado. Pergunta pelo café. E grita com a esposa. Que não sabe que hora é. Diz que está atrasado. Que tem pressa pro trabalho. Reclama do cheiro do alho. E sai de casa zangado.

O filho sai em seguida. Se arrastando de preguiça. Semelhante a tartaruga. Ou quem sabe lagartixa. Nem se quer lavou o rosto. Pra sua mãe um desgosto. Nasce na cara uma ruga. O cabelo em alvoroço. Depois de alguns instantes. A mamãe fica sozinha. Tira a mesa do café. E volta para a cozinha.

O almoço quase pronto. A turma começar a chegar. Ao meio dia em ponto. E tudo de novo acontece. A mesa é logo arrumada. Com prato, colher e panela. E tudo suja de novo. O avental fedendo a ovo. O marido na soneca. E o menino lá no quarto. Fazendo o dever de casa. Com a TV já ligada. Aumenta a temperatura. O barulho ensurdece. O pai grita lá da sala. O menino se irrita. E a coisa escurece.

Enquanto a mamãe querida. Na cozinha permanece. Lavando prato e panela. Segue a rotina da vida. Mas sempre com um sorriso. Faz parte do rosto dela. . A cena que se repete. Mais tarde, logo à noitinha. Lá se vai nossa mamãe. De novo para a cozinha. Ontem, até, foi moleza. Não se lavou roupa nenhuma. Amanhã a coisa aperta. Chega final de semana. Roupa de banho e de cama. O serviço aumenta bastante. Bem cedinho a mãe desperta.

Não descansa um só instante. Dia de mãe é assim. Mesmo que trabalhe fora. Não tem tempo pra si mesma. Vai chegando e indo embora. Na verdade só descansa. Quando está anoitecendo. E se não tiver criança. Ou o marido querendo. Assim passam os dias. Dias de comemorar. Já temos dias demais. Dia de todos os Santos. E até dia dos pais. Dias de desencantos. E de saudades também. Tem dia de Santo Antônio. O protetor da mulher. E dia de São Tomé. Dia de dizer amém. Dia de Santa Rita. E dia de São José. Dia pra quem, acredita. No santo com muita fé.

Tem dia de Carnaval. E dia que a gente está bem. E outro que a gente vai mal. Dia de gritar olé. Torcendo pra seleção. No continente europeu. Pra seleção que quiser. Para o Brasil, torço eu. No dia do torcedor. Espero com fé e ardor. Boa apresentação. Um bom corte no cabelo. No dia de ir ao barbeiro. Toda a nossa seleção. Que faça barba e bigode. Jogue tudo que ela pode. Até chegar ao final. Quero ver o repeteco. No dia da taça, o caneco. De volta pra nossa mão. Dia por certo, altaneiro. Dia de gastar dinheiro. Churrasco e chope gelado. Dia de ir ao mercado. Com o salário congelado. E comprar pouca comida. Mas trazer muita besteira.

Tem dia de eleição. De escolher candidato. Pela cara do retrato. E depois se aborrecer. De tanta promessa enganosa. De escutar muita prosa. Pra depois pagar o pato. Tem o dia da Bandeira. E o da Proclamação. O dia dos evangélicos. E de São Sebastião. Tem dia de fazer greve. Tem dia que chove bastante. E dia que ninguém se atreve. A sair por um instante. Pra pegar a condução. Dia de ir ao cursinho. Dia de estudar com afinco. Nem que seja um pouquinho. Com a leitura eu não brinco. Não faço feio na hora. Na hora que precisar. Escolher a profissão. Aquela que vou abraçar. Na prova do vestibular.

É muito dia que temos. Feriado é muito pouco. Pra gente comemorar. Sem saber que dia é. Por isso meu grito rouco. Junto as mãos e boto fé. Para que seja criado. Um dia especial. Um dia bem dedicado. Um dia mais que normal. O Dia do Feriado. E que fique bem distante. Daquele dia fatal. O do Juízo Final. E não temos só o dia. Tem dia e tem semana. E tem quinzena também. Semana dos preços baixos. Liquidação no armazém. Semana até que a Mega. Acumulou novamente. Quinzena dos preços baixos. Liquidação de repente. Assim vão passando os dias. Gravados em nossas mente.

E nossa mãe trabalhando. E nossa mãe nos amando. Por isso eu não concordo. Com um só dia pra ela. Dia das mães não tem dia. Pois todo dia é seu dia. E não tem data que pague. O tanto que ela já fez. E o tanto que ela faria. Por mais que nos afague. Se mais tempo ela tivesse. Mais trabalho enfrentaria. Pois lá dentro do seu peito. Há um desejo incontido. O que a mãe sempre quer. Além de muito respeito.Ficar feliz só em ver. O sucesso do rebento. A felicidade do filho. do seu filho tão querido. Enquanto vida viver.. Esse o seu maior desejo. E isso se pode ver. Estampado no seu rosto. No seu olhar refletido.
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