A dádiva de viver um grande amor
Enleva-nos a alma, que se sente
Leve, num estado novo, diferente,
Plácido – e assim, seja como for,
Nada há que se dê tão intensamente,
Nem se concebe bem estar maior,
A instalar-se em nós com tal ardor,
Fazendo-se tão forte e tão presente...
Tu sabes, musa, de todo o amor que tenho,
Como ninguém, me conheces o coração,
Perscrutas o fundo da minh’alma,
Tens a doce ternura que me acalma,
A mais ardente volúpia da paixão,
De plenamente amar, tu tens o engenho.
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